Nas nossas ruas, em todo o mundo, por onde andamos, brincamos e vivemos, fazemos um apelo à ação em relação à velocidade. Ruas habitáveis e com baixa velocidade são essenciais e urgentes.
Urgentes, porque as baixas velocidades salvam vidas.
Urgentes para a saúde pública, tornando o caminhar e o andar de bicicleta mais seguros e acessíveis, possibilitando e incentivando estilos de vida saudáveis. As ruas habitáveis são hoje mais cruciais do que nunca, quando buscamos responder à COVID-19.
Urgentes para os Objetivos Globais e para o nosso clima, como uma chave que desbloqueia um ciclo virtuoso de deslocamentos ativos de carbono zero, mudando a dependência do carro, permitindo um transporte público próspero, um ar mais limpo e menos emissões de CO2.
Urgentes para a equidade social e racial, uma vez que são as comunidades de menor renda e minorias que estão mais expostas ao tráfego de alta velocidade e ao perigo do trânsito, ao risco ambiental e à exclusão social que isso causa. Urgente pelos direitos das pessoas com deficiência; para os idosos; para todos os que são vulneráveis.
Urgentes para nossas crianças e jovens e vital para seu bem-estar. Eles correm maior risco nas ruas onde vivem, brincam e vão para a escola. Todos os dias, 3.000 crianças e jovens morrem ou ficam gravemente feridos nas vias em todo o mundo. Uma criança atropelada por um carro a 30 km/h pode sobreviver. Se atingida a 80 km/h, a maioria morrerá. A velocidade mata.
A Declaração de Estocolmo de 2020, adotada por governos em todo o mundo, pede um foco em ruas habitáveis e, de acordo com as evidências disponíveis, uma velocidade máxima de 30 km/h nas vias em que os usuários vulneráveis e os veículos se misturam. O compromisso com essa abordagem deve estar na vanguarda da nova Década de Ação pela Segurança no Trânsito para atingir os Objetivos Globais.
Agora é a hora de cumprir com urgência esse chamado à ação, reduzindo, projetando e reforçando velocidades que sejam seguras para todos, em qualquer lugar, priorizando as ruas de baixa velocidade em todas as áreas residenciais e próximas às escolas.
Ruas pela a saúde. Ruas pelo o clima. Ruas pelas pessoas.
Devemos agir juntos para criar Ruas pela vida (#StreetsForLife).