Comunicação Vida Urgente
A Fundação Thiago Gonzaga nasceu de uma situação de perda. E desta perda fez-se nascer em vida. A Vida que não se apaga por alguém não estar mais aqui. A vida que se eterniza através dos pais, mães, irmãos, avós, amigos… Nunca se apagará a história vivida.
Nos solidarizamos com as famílias que hoje estão passando pela inexplicável dor de perder quem amam. Nós conhecemos essa dor, pois recebemos, quase que diariamente, nos Grupos de Apoio, pais e mães que perderam seus filhos por diferentes motivos e causas. Sabemos que somente o tempo aliado a determinação, coragem e força, conseguirão transformar estes sentimentos.
Há 14 anos, pais de jovens que perderam a vida compartilham suas histórias e suas lembranças e aprendem a conviver com a ausência deles. Sabem que precisam seguir em frente. Juntos, descobrem formas de transformar a dor da saudade e o amor que tem pelos filhos em força para viver. Sabem que nada será como antes. É preciso renascer todos os dias. Reacomodar lembranças, descobrir novas possibilidades, cuidar-se, cuidar do outro. A família não será mais a mesma, valores serão revistos, situações cotidianas ganham novos significados e a vida segue em passo lento ou acelerado, no ritmo único de cada coração.
Dessa união de sentimentos, nasceu a publicação “PERDA SEM NOME- Como superar a ausência de pessoas queridas”, um trabalho inspirado nos relatos dos pais que frequentam os Grupos de Apoio. Organizado pelas psicólogas voluntárias que acompanham os grupos, a publicação foi chancelada pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e tem como objetivo auxiliar no processo de entendimento da perda e propor formas possíveis de convivência nessa nova realidade.
Neste momento em que nos faltam palavras, onde a emoção toma conta de todos os corações, oferecemos nosso apoio e compartilhamos a experiência destes pais e mães que, generosamente, abrem seus corações, expõem seus sentimentos, dão e buscam forças uns nos outros e nos ensinam a viver com mais verdade e simplicidade. Não há receita para enfrentar a dor, não há mágica; os depoimentos que compõem a publicação nos ensinam que o laço entre pais e filhos nunca será um laço comum, por isso, deverá ser tratado e cuidado, como o grande potencial de transformação de sentimentos e de atitudes.
“Na convivência com os pais que participam e chegam até nossos Grupos de Apoio, tenho falado que temos que tirar o ‘e se’ e o ‘por quê?’ e viver o ‘como’: como vou viver, como vou fazer… E a força para enfrentarmos esta caminhada virá com a certeza do amor que sentimos pelos nossos filhos. Nos momentos mais difíceis, peçam, falem, não tenham medo ou vergonha de falar com os seus filhos. Eles serão e são nosso maior incentivo para voltarmos a viver com dignidade e alegria.” Diza Gonzaga – Fragmento do livro Perda Sem Nome, p. 38.
Para fazer o donwload da publicação acesse o link: http://migre.me/d1MfU