Camila Weinmann/ Comunicação Vida Urgente
As leis de nada adiantam se não resultarem em práticas que construam uma sociedade mais humana e segura. Para desmitificar o direito e abordar uma temática urgente que permeia todos os setores e classes sociais, foi realizada na noite de 19 de julho a última edição do ano do projeto Papo Jurídico. A presidente da Fundação Thiago Gonzaga, Diza Gonzaga participou do painel A Segurança no Trânsito: quando o veículo passa a ser uma arma?
Para responder a pergunta também estiveram presentes o diretor-presidente do Detran-RS, Alessandro Barcellos, e o Secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre e diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari. Assuntos como formação de condutores, aplicação dos recursos arrecadados com a fiscalização e educação permanente enriqueceram o debate, que aconteceu no palco das artes do shopping Praia de Belas.
“Ouso dizer que somente com a participação e mobilização social é que transformaremos essa triste realidade. É preciso andar de braços dados para salvar vidas”, afirma Diza Gonzaga. Ela ressalta a importância da integração entre os poderes públicos, sociedade civil e formadores de opinião para estimular uma mudança de cultura no trânsito.
Alessandro Barcellos chama a atenção para a necessidade de maios precisão e unificação na análise dos dados estatísticos. “Estamos engajados na Década de Ação pela Segurança no Trânsito e precisamos de políticas conjuntas para atingir a meta de reduzir em 50% o número de vítimas fatais”, destaca. Para ele, outro elemento preocupante é crescimento da frota, que avança 7% ao ano Rio Grande do Sul.
Na visão de Vanderlei Cappellari, a questão abordada tem respostas simples. “O veículo passa a ser uma arma quando a vida não é tratada como prioridade. Quando o condutor não dá preferência ao pedestre, ao ciclista, a quem está mais vulnerável. Quem desrespeita as regras assume o risco de causar um acidente.” Segundo ele, para coibir o comportamento inseguro é preciso um controle rigoroso.