Brenda Parmeggiani | Comunicação Vida Urgente
Em pouco tempo e sem aviso prévio, a pandemia impôs o distanciamento. Para preservar vidas, a Fundação Thiago Gonzaga precisou suspender as atividades presenciais do Vida Urgente Cidadã. Mas nem por isso o atendimento parou. Tanto o Grupo de Apoio quanto o Coral Vida Urgente ganharam versões online.
Escuta, troca, identificação, uma palavra amiga. Essa é a base do Grupo de Apoio Vida Urgente, formado por pais e mães que perderam filhos e que se reúne semanalmente na Fundação Thiago Gonzaga, com dois psicólogos voluntários. Neste momento de incertezas e isolamento, torna-se ainda mais importante a continuidade desse acolhimento, tanto para pais e mães que já frequentam a Fundação, como para pais e mães novos.
“A vida tem que ter uma sequência e, para isso, é necessário que estejamos bem emocionalmente. A pandemia nos assusta, nos confina, nos tira o direito de ir e vir. Daí a importância ainda maior do Grupo de Apoio, mesmo virtual. Cada um, de acordo com a sua necessidade, tem o espaço para que possa desabafar a dor do luto e sempre encontrar o conforto através de palavras e de experiências vividas”, conclui Berenice, mãe do Marcelo e participante do Grupo de Apoio desde 2016.
As reuniões semanais acontecem agora pelo aplicativo Zoom, todas as quartas-feiras às 19h. Além do encontro pelo Zoom, a Fundação também oferece aos pais e mães um grupo no Whatsapp, no qual os psicólogos voluntários Paulo Kroeff e Regina Parmeggiani publicam vídeos curtos com vários temas que ajudam no enfrentamento ao luto e valorização da vida.
“É preciso manter o atendimento aos pais e mães de luto, é algo que não podemos abrir mão, porque são pessoas em um sofrimento importante. A Fundação tem esse ineditismo de atender pais enlutados e um olhar completamente diferente de outros atendimentos. O grupo é o grande agente que viabiliza a melhora. Estar entre iguais dá credibilidade à troca de experiências, eles conseguem se projetar no outro, o que é muito importante. Então, sempre que a Fundação puder manter o Grupo de Apoio, ele será um recurso terapêutico para esses pais e mães”, reforça Regina.
“Sabemos que a única coisa a fazer é aprender a conviver com essa perda, uma perda sem nome. É com esse entendimento que a Fundação já recebeu mais de 600 famílias nestes mais de 20 anos de experiência do Grupo de Apoio Vida Urgente”, explica Diza Gonzaga.
Pais e mães que tenham interesse de conhecer o Grupo de Apoio, podem entrar em contato com a equipe Vida Urgente pelo (51) 99273-4822 ou pelo e-mail vidaurgente@vidaurgente.org.br.