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Uma criança morre a cada meia hora vítima de um acidente de trânsito na América Latina e no Caribe. O dado é do relatório ‘Streets for Life: viagens seguras e saudáveis para as crianças da América Latina e do Caribe’ que será apresentado III Fórum Internacional de Segurança Viária Infantil (FISEVI).
O evento acontece dias 12 e 13 de junho, em Buenos Aires/Argentina, reunindo mais de 70 especialistas em segurança viária da América Latina e Caribe.
Diza Gonzaga, presidente da Fundação Thiago Gonzaga, representará o Brasil, compartilhando sua experiência em educação e segurança das crianças no trânsito. Ela será uma das palestrantes da sessão sobre a segurança passiva das crianças e apresentará o projeto “Criança Segura no Trânsito”, desenvolvido em 7 maternidades de Porto Alegre.
O projeto, que iniciou em 2010, ano que passou a vigorar a lei que tornou obrigatório o uso de equipamento de retenção infantil no Brasil, atuou diretamente nos hospitais e junto aos médicos e às equipes das áreas materno-infantil, alertando para a importância do uso da cadeirinha mesmo antes do nascimento das crianças.
“Contamos com a ajuda dos profissionais envolvidos no acompanhamento da gestação e alta-hospitalar para levar às famílias a mensagem de que o abraço aquece, conforta, mas que que trânsito, não protege. Por isso sempre devemos transportar as crianças com o equipamento de retenção”, comenta Diza.
Para a presidente da Fundação, o grande mérito do projeto foi ter conseguido incluir nos procedimentos de alta a instrução sobre o uso da cadeirinha. “Em muitos países da Europa, por exemplo, as crianças só saem do hospital na cadeirinha. Aqui no Brasil ainda vemos os recém nascidos saindo no colo. Justamente pela fragilidade do bebê, a cadeirinha é um dos item mais importantes para a segurança das crianças”, afirma Diza.
O projeto:
Com o conceito “a segurança do seu filho está em suas mãos”, o projeto Criança Segura no Trânsito foi desenvolvido em parceria com o Sindicato Médico do RS (SIMERS), Associação Ginecologia e Obstetrícia do RS (SOGIRGS), Sindicato dos Hospitais de Porto Alegre (Sindihospa), Sociedade de Pediatria do RS (SPRS) e contou com o apoio da Associação Médica do RS (Amrigs).
O projeto sensibilizou pais e mães nos cursos de gestante e capacitou profissionais da área materno-infantil dos 7 hospitais participantes.