Rafael Grendene/Voluntário
Há quase três anos me mudei para São Paulo, a cidade que não dorme. Lugar onde o trânsito de pessoas, carros, motos, ônibus, bicicletas, skates e outros variados meios de locomoção são abundantes.
Com a mudança para essa selva de pedra vieram novos hábitos. O primeiro deles foi abdicar do meu carro. O vendi. O segundo hábito veio a rebote do primeiro, caminhar mais. E que maravilha é conhecer um lugar novo a pé. São Paulo é uma megalópole voraz, de fato, mas nos incentiva e possibilita variadas vivências.
Após algum tempo, o momento presente, adquiri uma bicicleta. Muitos podem achar um absurdo se aventurar em duas rodas tracionadas apenas pela vontade, prazer e liberdade, na cidade onde o ronco dos motores domam cada espaço. Mas, por incrível que pareça, há espaços para o transporte leve. Andar de bicicleta é mais fácil em um lugar que investe em ciclovias e ciclofaixas. Não serei leviano, claro, há inúmeras dificuldades. Nem todos os espaços destinados a bicicletas estão adequados, ainda falta muitos caminhos a serem desbravados para esse meio de transporte e, principalmente, falta respeito mútuo entre motoristas e ciclistas no trânsito.
A primeira pedalada foi dada. Experimentar novas possibilidades é extremamente libertador. Às veses é preciso ousar no seu estilo de vida para que viver seja prazeroso e não apenas um destino. Precisamos de Vida, Urgente!