FTMG participa de audiência pública sobre a formação de condutores e alerta para impactos na segurança e na saúde pública

A Fundação Thiago de Moraes Gonzaga participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para debater os impactos da flexibilização das exigências para a formação de condutores. O encontro foi presidido pelo deputado Neri, o Carteiro, e proposto pelo deputado Carlos Búrigo, reunindo entidades, especialistas e representantes de diversos setores ligados ao trânsito. A presença da Fundação na mesa de debates ocorreu a convite do vice-presidente da Fecomércio-RS, Vilnei Sessim, reafirmando o compromisso de quase três décadas com a preservação da vida e a segurança no trânsito.

O contexto da discussão

A audiência destacou a pauta de repensar a formação de condutores e o impacto direto dessa política pública sobre a segurança viária e a saúde da população. Em 2023, 34.881 pessoas perderam a vida em sinistros de trânsito no Brasil e outras 230.193 foram internadas com lesões graves, de acordo com dados do Conselho Federal de Medicina e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Para cada vida perdida, dez pessoas ficam com sequelas graves ou permanentes.

No Rio Grande do Sul, os sinistros de trânsito causaram um prejuízo de R$ 4,14 bilhões em 2024, segundo o Detran-RS. Além disso, Porto Alegre registrou a maior taxa de mortes no trânsito dos últimos sete anos, evidenciando o quanto o tema continua atual e preocupante.

Esses dados reforçam que a formação de condutores no Rio Grande do Sul não pode ser tratada apenas como uma questão burocrática, mas como uma estratégia essencial de segurança pública e saúde coletiva. A flexibilização de etapas e exigências pode ampliar a vulnerabilidade nas ruas, aumentando o número de sinistros e a sobrecarga nos hospitais da rede pública.

Educação para o trânsito é educação para a vida

Durante sua fala, a Fundação Thiago Gonzaga ressaltou que o trânsito deve ser compreendido como um sistema que envolve pessoas, veículos e infraestrutura. Por isso, o ensino para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação precisa ir além do Código de Trânsito Brasileiro e preparar os futuros motoristas para os riscos e desafios reais das vias.

Entre as propostas apresentadas estão:

  • Ensinar sobre comportamento, empatia e percepção de risco, e não apenas regras;
  • Reformular as provas teóricas para avaliar a interpretação de cenários e não apenas a memorização da sinalização;
  • Realizar aulas práticas em vias urbanas e com diferentes condições de condução, especialmente para motociclistas;
  • Incentivar modelos progressivos de habilitação, como o utilizado na Austrália, em que o aprendizado acontece por etapas e o condutor passa por licenças intermediárias até conquistar a definitiva.

Essa abordagem progressiva e educativa mostra que formar condutores conscientes é uma das chaves para reduzir mortes e sequelas no trânsito brasileiro.

Os jovens e o futuro do trânsito seguro

Os dados mais recentes mostram que os jovens são as principais vítimas do trânsito. Em 2023, 30,9% das pessoas mortas em sinistros tinham entre 20 e 29 anos, segundo o Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, em 2024, 22% das vítimas fatais estavam nessa faixa etária, representando 353 pessoas. Em Porto Alegre, 38,1% das mortes envolveram jovens entre 18 e 35 anos, conforme informações da EPTC.

Esses números deixam evidente que repensar a formação de condutores é também proteger a juventude. Preparar bem os novos motoristas significa dar a eles condições de compreender o trânsito como um espaço coletivo, onde cada atitude tem consequência direta sobre a vida de outras pessoas.

Um aprendizado que salva vidas

A Fundação Thiago Gonzaga defende que a educação para o trânsito precisa ser um aprendizado para a vida. Formar condutores é muito mais do que habilitar para dirigir. É construir consciência, responsabilidade e respeito.

Ao participar dessa audiência pública, a Fundação reafirmou seu compromisso com a valorização da vida e a formação cidadã, contribuindo com dados, experiências e propostas que ajudam a fortalecer políticas públicas eficazes.

A Fundação Thiago Gonzaga seguirá presente nos espaços de diálogo e decisão, defendendo uma formação de condutores mais humana, técnica e responsável, capaz de reduzir sinistros, salvar vidas e promover um trânsito mais seguro para todos no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil.

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